Homem já foi ouvido e deu sua versão dos fatos
Publicado em: 29/06/2024 12:14:00
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Foto: Reprodução/Internet - Piloto teria feito sobrevoos rasantes no Lago de Palmas
Um
homem de 34 anos, apontado como sendo o piloto que conduzia uma aeronave de
pequeno porte, que teria feito sobrevoos rasantes no Lago de Palmas e passado
inclusive por baixo da Ponte Governador José Wilson Siqueira Campos, foi
identificado pela Polícia Civil e ouvido, por meio de videoconferência, em
inquérito instaurado pela PC-TO a fim de apurar as circunstâncias do fato,
ocorrido no último dia 23.
Conforme
explica o delegado Ronie Augusto Esteves, responsável pelo caso, o inquérito
foi aberto pela 1ª Delegacia de Polícia Civil de Palmas, logo após tomar
conhecimento de que um avião de pequeno porte teria feito voos rasantes no lago
de Palmas e manobras que colocaram em risco banhistas que estavam nas praias de
Luzimangues e da Graciosa, bem como de passageiros de flutuantes e das
pessoas que trafegavam pela Ponte no momento do incidente.
“No decorrer
das investigações, foi possível identificar o indivíduo que pilotava o avião no
dia dos fatos, o qual foi intimado e ouvido via videoconferência, a fim de
explicar sua versão dos fatos, que foi presenciado por centenas de pessoa que
estavam nas praias e adjacências no último dia 23”, frisou o
delegado.
Ainda
de acordo com o delegado, o caso teve muita repercussão, sobretudo, através das
redes sociais, uma vez que a conduta temerária e imprudente do piloto poderia
ter causado uma tragédia. “Logo que a
Polícia Civil tomou conhecimento do caso foi determinado a instauração de um
inquérito policial, uma vez que a conduta, que pode ser tipificada pelo Código
Penal, por meio do Art. 261, poderia ter resultado em lesões corporais ou até
mesmo em morte, dada a baixíssima altitude e os tipos de manobras que foram
praticadas pelo piloto, em um ambiente repleto de frequentadores, sendo que
muitos ficaram assustados com medo de a aeronave atingir a própria ponte ou
cair nas áreas de banho”, frisou.
O
delegado lembrou ainda que expor a perigo embarcação ou aeronave própria ou
alheia ou praticar qualquer ato tendente a dificultar a navegação marítima
fluvial ou área pode ser resultar em uma pena de dois a cinco anos de reclusão. “Com a conclusão do inquérito policial,
que deverá ocorrer no prazo de 30 dias, será possível tipificar precisamente a
conduta do piloto, que segundo os trabalhos investigativos, pode ser tipificada
no art 261, do Código Penal Brasileiro, e que pode ser apenada por até cinco anos
de reclusão”, disse.
O
diretor do Centro Integrado de Operações Aéreas, Tenente Coronel Gustavo
Bolentini também se manifestou em relação ao episódio. “Podemos identificar que o piloto da aeronave infringiu uma série de
regras de aviação, ao não observar nem seguir os parâmetros básicos que regulam
um voo. Além de pôr em risco a própria segurança ao não obedecer normas de voo
estabelecidas, o piloto ainda violou uma série de protocolos que existem e
precisam ser seguidos fielmente para garantir a segurança de todos na aeronave
e do local em que ela sobrevoa”, pontuou o comandante Bolentine.
O
comandante Bolentini também ressaltou que, além do inquérito instaurado pela
Polícia Civil, foi aberto uma investigação pela Agência Nacional de Aviação
Civil, no sentido de apurar a conduta do piloto e todos os atos e possíveis
infrações praticadas durante o voo no Lago de Palmas.
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