Estado anuncia período do vazio sanitário da soja a partir do dia 1º de julho

Neste período é proibido a manutenção de plantas vivas de soja no campo

Publicado em: 29/06/2024 13:54:00

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Foto: Keven Lopes/Governo do Tocantins-Medida visa prevenção e controle da ferrugem asiática


A Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) comunica aos sojicultores tocantinenses, que a partir de 1º de julho até 30 de setembro está proibido o plantio e a manutenção de plantas vivas de soja em lavouras de sequeiro no Estado. Esta medida conhecida como vazio sanitário é uma ferramenta de prevenção e controle da ferrugem asiática, principal praga que ataca a cultura da soja.


O responsável técnico do Programa Estadual de Ferrugem Asiática, Cleovan Barbosa, explicou que a Adapec realizará ações de monitoramento e fiscalização no campo, a fim de garantir que não haja plantas vivas de soja dentro do período proibitivo. “O controle da ferrugem asiática é fundamental para a produção de soja no Tocantins. E o vazio sanitário é estratégico para a quebra do ciclo do fungo, por isso, ele deve ser respeitado”, destaca Cleovan Barbosa.


A Adapec alerta os sojicultores que a responsabilidade pela eliminação de todas as plantas vivas de soja voluntárias ou não, é exclusivamente dos produtores ou dos ocupantes da área, e havendo a presença de plantas vivas no campo são obrigados a eliminá-las por meio químico ou mecânico, e a não eliminação estará sujeito a sanções previstas em lei.


Excepcionalidade


Durante o período proibitivo do vazio sanitário, os cultivos excepcionais de soja para fins de pesquisa em terras altas e produção de soja sementes, sementes para uso próprio e pesquisa/ensino nas Planícies Tropicais sob sistema de subirrigação estão autorizadas no Tocantins.


Dados


Nesta safra 2023/2024 a área plantada de soja sequeiro foi de 1.418.595 hectares e foram cadastradas na Adapec 2.793 propriedades com cultivo da oleaginosa no Tocantins.


Ferrugem Asiática


A ferrugem asiática da soja é a principal praga que acomete a oleaginosa, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. Ela dissemina rapidamente entre as plantações através do vento. Os maiores prejuízos causados é a redução da produtividade, já que causa desfolha precoce nas plantas, impedindo que os grãos de soja se formem completamente.