![manejo do fogo nas apas](https://ojornal.net/wp-content/uploads/2025/02/manejo-do-fogo-nas-apas.jpg)
Um projeto de pesquisa contemplado em edital do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins (Fapt), realiza estudo em três importantes unidades de conservação do Tocantins: Área de Proteção Ambiental (APA) Jalapão, APA Serra do Lajeado (APASL) e Parque Estadual do Jalapão (PEJ). A pesquisa, que já realizou levantamentos de campo na APA do Jalapão, busca aprofundar o entendimento sobre os efeitos do fogo na vegetação e no solo e, ainda, propor estratégias de Manejo Integrado do Fogo (MIF).
Conforme a responsável pela pesquisa, Damiana Beatriz da Silva, o estudo também aborda a estimativa de variáveis florestais e ambientais, com destaque para o impacto do fogo no balanço de carbono e na ciclagem de nutrientes. “As informações coletadas ajudarão a desenvolver técnicas de monitoramento e diagnóstico que devem contribuir para a preservação do bioma Cerrado”, ressalta.
Compreensão do fogo como ferramenta de conservação
Segundo a pesquisadora, o Manejo Integrado do Fogo é uma estratégia que considera o uso controlado do fogo para evitar incêndios descontrolados e promover a regeneração do solo e da vegetação. “Esse tipo de manejo é fundamental em regiões como o Jalapão, onde o fogo, quando bem controlado, pode ser usado para reduzir a biomassa seca e proteger áreas vulneráveis”, explica a pesquisadora.
A próxima etapa do projeto inclui levantamentos de campo na APA Serra do Lajeado e no Parque Estadual do Jalapão. As unidades de conservação, além de serem patrimônio natural do Tocantins, representam importantes refúgios para espécies do Cerrado e desempenham um papel essencial no equilíbrio climático regional.
Edital
Lançado em 2022, pelo Naturatins e a Fapt, o edital de pesquisa para Unidades de Conservação tem por objeto o apoio a projetos de pesquisa aplicados ao conhecimento, monitoramento, manejo, uso e proteção da biodiversidade, do patrimônio cultural e dos recursos naturais em Unidades de Conservação estaduais. Foram destinados R$ 1,3 milhão e cada projeto recebeu até R$ 100 mil.