Técnicos da Fundação Municipal do Meio Ambiente constataram, na manhã deste sábado, 25, um novo fluxo de óleo chegando ao lago do Parque Cesamar pelo córrego Brejo Comprido.
Segundo o presidente da Fundação Municipal do Meio Ambiente, Isac Braz Cunha, o aumento no fluxo, provavelmente, foi causado por algum acúmulo do derrame original que ficou retido dentro das galerias pluviais que, com uma chuva mais forte ou um descarte de grande volume de água, acabou se desprendendo e chegado ao córrego Brejo Comprido.
“Até agora, tudo vinha ajudando. Desde a não ocorrência de chuvas mais fortes a partir do derramamento, até a direção do vento, que acabou empurrando a mancha de óleo para um mesmo lugar no lago, facilitando a contenção e a retirada, mas, infelizmente, tivemos esse aumento no fluxo. Estamos com técnicos da Fundação do Meio Ambiente no local onde o córrego Brejo Comprido deságua no lago da Usina acompanhando a situação e, até agora óleo não chegou lá. Um sinal de que o trabalho de contenção está sendo bem-feito, aqui”, afirmou.
Felizmente, a presença do óleo na água do córrego e do lago do Parque Cesamar, ainda não causou nenhuma perda de fauna, como peixes, tracajás e capivaras, de acordo com o presidente.
“São boas notícias, mas um derramamento de óleo em um curso d’água que abastece dois lagos, sempre traz impactos ambientais. Uma hora a natureza vai se manifestar. Enquanto houver qualquer indício da presença dessa mancha de óleo, nós vamos estar acompanhando, tanto os técnicos da Fundação Municipal do Meio Ambiente, engenheiros ambientais e biólogos, quanto a equipe da empresa, com barcos, boias de contenção e tudo o que for necessário para manter a população tranquila”, informou Isac.
Quanto ao derramamento em si, Isac Braz Cunha afirmou que já está configurado o crime ambiental, apesar da ação rápida por parte da empresa.
“O perito da Polícia Civil está concluindo o relatório e após esse relatório, temos que esperar o auto de infração, onde constam todos os detalhes, que está sendo elaborado pela Guarda Municipal e deve sair já, na segunda-feira. Isso vai gerar uma multa e, consequentemente, as medidas mitigadoras que a empresa terá que realizar para compensar o dano ambiental, serão estabelecidas pela Fundação Municipal do Meio Ambiente, baseado no relatório da Polícia Civil e pelo próprio auto de infração a ser lavrado. Tudo será medido de acordo com a amplitude que esse crime ambiental alcançar”, frisou o presidente da Fundação Municipal de Meio Ambiente. (Por Luciano Moreira)