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Pesquisadores do IFTO apresentarão pesquisas aplicadas e tecnologias durante Agrotins

Inovações fazem parte de uma Mostra Tecnológica e foram desenvolvidas em diferentes unidades do IFTO, por meio de projetos de pesquisa e extensão

Os visitantes da Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins (Agrotins) 2025 vão poder conhecer, de 13 a 17 de maio, 16 tecnologias criadas por pesquisadores do Instituto Federal do Tocantins (IFTO). Essas inovações fazem parte de uma Mostra Tecnológica e foram desenvolvidas em diferentes unidades do IFTO, por meio de projetos de pesquisa e extensão que buscam melhorar os processos produtivos do campo e promover mais sustentabilidade.

Veja a seguir os resumos das tecnologias inovadoras:

BEEpona

O Beepona é um aparato tecnológico para coletar própolis de abelhas nativas do Brasil em caixas de produção. O dispositivo é colocado na caixa de abelha e o coletor fica internamente abaixo da tampa, tornando menor o potencial de contaminação externa do produto, o Beepona é desenvolvido no Laboratório IF Maker do Campus Araguaína. Os primeiros resultados apontam para maior produtividade na produção que utiliza o equipamento, com coleta de 30 gramas em um mês, já a produção sem o aparato obteve apenas 20 gramas de própolis. 

Essência do Bico

 Estudantes e pesquisadores do Campus Araguatins desenvolveram um defumador artesanal de baixo custo que transforma a fumaça da defumação em um líquido seguro e versátil. A inovação permite realçar o sabor dos alimentos sem a necessidade de expô-los diretamente à fumaça e ainda pode ser utilizada como repelente natural na agricultura. Feito com materiais recicláveis e acessíveis, o equipamento foi pensado para atender agricultores familiares, empreendedores e comunidades de baixa renda. Após testes laboratoriais com resultados positivos, os criadores buscam agora investidores para ampliar o alcance da solução.

 Sistema Autônomo de Irrigação

Esse protótipo é um sistema automático de irrigação, que permite agendar dias e horários para a rega das plantas acontecer de forma autônoma. Ele foi pensado para facilitar o cuidado com hortas, mesmo quando não há ninguém disponível para ligar o sistema manualmente. Como opera em ambientes úmidos, os componentes eletrônicos ficam protegidos dentro de uma caixa hermética. Outra vantagem é que ele funciona de forma offline, sem necessidade de conexão com a internet. O sistema foi desenvolvido por meio de um projeto de extensão no Campus Colinas do Tocantins. Atualmente, já está em funcionamento nas hortas comunitárias do bairro São João, contribuindo com a produção local.

Ovoscópio Digital

Projeto do Campus Araguatins, com o objetivo de buscar uma solução inovadora para pequenos produtores de aves que enfrentam dificuldades com a ovoscopia tradicional, como má iluminação e superaquecimento causados por lâmpadas incandescentes. O novo protótipo, de baixo custo, utiliza sensores e LEDs para identificar a qualidade dos ovos — verde para bons e vermelho para impróprios — e promete monitoramento em tempo real do desenvolvimento embrionário. Atualmente na fase 4 de testes, o projeto já funciona com dois sensores e planeja, na próxima fase, incluir suporte para mais ovos e câmeras para acompanhamento detalhado. Com um investimento inicial de R$ 70, os idealizadores agora trabalham em uma versão para levar à Agrotins, com previsão de custo total de até R$ 400.

Desidratador de alimentos

Estudantes do curso de Agricultura do Campus Formoso do Araguaia desenvolveram um desidratador de alimentos de baixo custo, voltado especialmente para pequenos produtores. Utilizando materiais simples como caixa de isopor, lâmpada incandescente e grades reutilizáveis, o equipamento permite conservar frutas, raízes e plantas medicinais por mais tempo sem perder os nutrientes. Além de promover economia e facilitar o armazenamento, o projeto busca agregar valor aos produtos processados, contribuindo para a geração de renda e a alimentação saudável nas comunidades rurais.

Cerveja artesanal sabor murici

Acadêmicas do Campus Araguatins apresentaram uma proposta para desenvolvimento de uma cerveja artesanal com identidade regional. O projeto busca atender à demanda por produtos autênticos, valorizando ingredientes típicos do Tocantins e promovendo a cultura local. Com um protótipo já criado e testado, a cerveja recebeu avaliações positivas por seu sabor equilibrado e originalidade. Com investimento inicial de R$ 520, a iniciativa ainda está em fase de testes, mas visa consolidar a produção e alcançar o mercado nacional. A proposta está alinhada à temática do evento, que incentiva a inovação e o empreendedorismo regional.

Produção da Biomassa da Banana Verde

Projeto desenvolvido pelos estudantes do curso técnico em Agropecuária do Campus Araguatins visa a utilização da biomassa da banana verde como alternativa nutricional à farinha de trigo em produtos alimentícios. A proposta visa substituir ingredientes tradicionais por um subproduto rico em fibras, amido resistente, sais minerais e vitaminas, oferecendo benefícios à saúde, principalmente para pessoas com restrições alimentares, como intolerância ao glúten. O projeto contempla a produção de alimentos como pães, biscoitos e quiches, utilizando variedades de banana como a prata, maçã e cavendish, com foco na sustentabilidade, no aproveitamento integral da fruta e na acessibilidade para famílias de baixa renda.

Caju semente do futuro

Idealizado por estudantes do Campus Paraíso o projeto “Caju semente do futuro”, propõe o aproveitamento integral do caju, especialmente do pedúnculo (pseudofruto) — parte rica em nutrientes e frequentemente desperdiçada — para gerar alimentos sustentáveis e impulsionar a renda de pequenos produtores. A iniciativa transforma o pedúnculo em produtos como sucos, doces, geleias, carne vegetal e até ceviche, além de explorar seu uso em cosméticos e biocombustíveis. A proposta, ainda em fase de testes, visa combater o desperdício, agregar valor à produção local e promover uma nova mentalidade agroindustrial baseada na sustentabilidade e na bioeconomia.

ApissSense

De olho na otimização da produção de mel e na prevenção de perdas nas colméias, pesquisadores do Campus Araguaína desenvolveram o ApissSense, que é um dispositivo de monitoramento interno de colmeias, que permite o acompanhamento em tempo real do estado da colmeia de forma remota. Com a combinação de microcontroladores e sensores, que são instalados na colmeia, gerenciados por um aplicativo, é possível que o apicultor pelo seu celular tenha acesso a informações como:  índice de qualidade do ar, incêndio, formação de gases e precipitação. Os diferenciais do dispositivo, comparados com outras tecnologias presentes no mercado, são: o baixo custo, a fácil implantação e a quantidade de sensores. 

Hidrogel de goma de angico e argila para liberação controlada de fertilizantes agrícolas

Garantir menor consumo de água, retenção de nutrientes, baixa toxicidade ambiental e solo protegido, esses são alguns dos objetivos do Hidrogel de goma de angico e laponita (argila) elaborado por uma equipe de pesquisadores do Campus Araguaína. Diferente dos hidrogéis comerciais, utilizados para essa finalidade que são sintéticos e derivados de petróleo, ele é biodegradável. No momento da sua composição é adicionado um tipo de fertilizante, que é liberado gradualmente a partir da liberação da água, permitindo uma maior retenção de fertilizante no solo, uma vez que a presença do hidrogel permite que os fertilizantes sofram menos impactos da lixiviação, que é o processo em que a água, seja de chuva ou de irrigação, infiltra-se no solo e carrega consigo nutrientes e outros elementos químicos para camadas mais profundas. Além da liberação controlada, o hidrogel de goma de angico e argila, atua como alimento para a microbiota do solo, ajudando esses micro-organismos a se desenvolverem, o que pode melhorar a qualidade do solo. Ele está na fase de prototipagem, mas em seus testes apresenta uma relação vantajosa de custo-benefício, sendo 30 vezes mais econômica comparado aos hidrogéis sintéticos. 

Distribuição automática de medicamentos para aves 

Com a proposta de ser uma solução inovadora para o manejo de aves de pequeno porte, estudantes e servidores do Campus Araguaína desenvolveram o Cuidado Automático Inteligente para Aves de Pequeno Porte (CAIAPP), que é um sistema automatizado que controla remotamente a distribuição de medicamento para aves, através de um aplicativo móvel intuitivo. Ele permite programar e controlar as dosagens nos fluidos de forma precisa, garantindo um manejo sanitário eficaz e reduzindo a dependência do processo manual, que é demorado e sujeito a erros. Assim, o CAIAPP apresenta com vantagens a precisão e acessibilidade, reduzindo o desperdício e otimizando o tempo. A inovação é voltada para os pequenos produtores rurais. Ela está em fase de protótipo e os testes realizados em laboratórios têm evidenciado precisão. Os próximos passos incluem testes em ambientes reais, otimizando a tecnologia e parcerias estratégicas.

Leaf Color – Análise da saúde das folhas 

Um dos desafios para agricultores e entusiastas é identificar danos presentes nas folhas das plantas, antes que eles sejam visíveis a olho nu, para que assim possam tomar decisões eficientes no manejo da vegetação. Pensando em amenizar essa dificuldade, foi desenvolvido o aplicativo Leaf Color, no Campus Araguaína, que permite analisar a saúde das folhas apenas com a câmera do celular, a partir da forma como elas refletem, absorvem e transmitem diferentes comprimentos de onda de luz. 

A utilização do aplicativo é bem simples, o usuário deve selecionar a opção captura do espectro e posicionar a amostra sobre uma fonte de luz, na sequência o Leaf Color gera um gráfico que vai indicar os níveis de reflexão e absorção da luz na folha.  Assim, é possível identificar se a folha é saudável, caso ela apresente um padrão de reflexão típico de uma planta em boas condições. Já a folha com deficiência mostra uma alteração na absorção, indicando o possível estresse. Isso permite analisar a quantidade de nutrientes que a planta precisa, identificar estresse hídrico e possíveis doenças. O que pode resultar no aumento da produtividade na agricultura. 

Durante os testes com o aplicativo, a equipe responsável pelo seu desenvolvimento percebeu que um dos obstáculos para as análises era a instabilidade do celular e da luminosidade. Para resolver essa questão, além do aplicativo foi desenvolvido um protótipo no qual deixa o celular estável e tem luz branca fixa. 

Hortência- sistema de irrigação automática

Desenvolvido no Campus Paraíso do Tocantins, o Hortência, sistema de irrigação autônomo que pode ser utilizado pelo pequeno ou grande produtor. Ele proporciona eficiência, economia e praticidade, facilitando a irrigação de culturas em grandes ou médias propriedades e oferecendo realização de leituras do solo, irrigação sem nenhuma interferência humana e controle de irrigação por aplicativo móvel. O Hortência consiste em um sistema automatizado de irrigação composto por um aplicativo e um dispositivo eletrônico (a placa controladora ESP32). Na prática, a placa é programada com as instruções que permitem a comunicação, via Wi-Fi, do aplicativo instalado em um celular com até quatro bombas que farão o transporte da água para os canais de irrigação. O sistema é completado por sensores instalados no solo, que detectam o nível de umidade e, quando registra um percentual abaixo do indicado para aquele cultivar, aciona a placa controladora, que ativa o bombeamento de água para irrigar a plantação.

Ixogurte com planta alimentícia

Produzido no Campus Araguatins a partir de Ixora coccinea, planta alimentícia não convencional, o Ixogurte, promete uma experiência sensorial diferenciada. Embora não seja comum o consumo de Ixora coccinea, ela apresenta propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, além disso conta com um cultivo fácil, que são vantagens na produção de um iogurte. O Ixogurte combina o poder fitoterápico da Ixora com a vitamina C do cupuaçu e do maracujá, dando origem a um produto único, onde tem riqueza nutricional e identidade regional. Assim, ele pode ser visto como uma alternativa econômica para os produtores rurais que trabalham com a produção de iogurte. O Ixogurte alcançou o estágio TRL-8, ou seja, sua avaliação de Nível de Prontidão Tecnológica, indicou que o produto foi testado, está tecnicamente aprovado e é comercialmente viável.

Bico Beer

A Bico Beer nasceu como uma cerveja artesanal local com potencial empreendedor e atenta à valorização regional. O produto está na fase 5 de desenvolvimento, concluído o processo de produção ela será submetida a testes de qualidade e os resultados serão avaliados. 

Licor artesanal de frutas com fermentação natural

Com a promessa de ser um licor natural e com gosto de fruta de verdade, foi produzido o LicoBico no Campus Araguatins. A bebida tem como diferencial o fato de não utilizar álcool, uma vez que as leveduras das próprias frutas são responsáveis por criá-lo, após uma fermentação que dura em média 30 dias. Sua composição conta com: frutas, água e açúcar. 

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