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Mostra ‘Toca: Mostra Itinerante de Cinema’ com mais de 4 mil pessoas beneficiadas

O projeto percorreu oito comunidades quilombolas, realizou três sessões extras durante batalhas de rap em Aparecida de Goiânia

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A iniciativa é viabilizada por meio do investimento da Lei Paulo Gustavo (LPG), com o apoio da Secretaria Estadual da Cultura e Ministério da Cultura - Foto: Divulgação

Após nove meses de intensa jornada por comunidades quilombolas nos estados do Tocantins e Goiás, o projeto ‘Toca: Mostra Itinerante de Cinema’ chega ao seu encerramento com saldo positivo para a organização e transformador para as comunidades que receberam o projeto. A iniciativa é viabilizada por meio do investimento da Lei Paulo Gustavo (LPG), com o apoio da Secretaria Estadual da Cultura e Ministério da Cultura. O lançamento do projeto aconteceu no mês de agosto, em Araguaína, e posteriormente circulou pelas cidades de Aparecida de Goiânia, Iaciara de Goiás, Gurupi, Chapada de Natividade, Natividade, Dianópolis e Arraias. 

O projeto percorreu oito comunidades quilombolas, realizou três sessões extras durante batalhas de rap em Aparecida de Goiânia, e impactou diretamente mais de 4 mil pessoas nesta primeira edição. Sob a coordenação da pesquisadora e diretora-geral Lucinete Morais, o corpo técnico contou com uma equipe central composta por cinco profissionais e uma rede de apoio formada por oito produtores locais, oito monitores e três oficineiros.

Segundo a diretora-geral, a Toca foi mais do que uma mostra itinerante, mas uma gestação coletiva de ideias, cultura e resistência. “Durante esses nove meses, não apenas exibimos filmes, mas construímos pontes culturais, trocamos saberes e plantamos sementes de autonomia nas comunidades. O sucesso deste projeto está refletido em cada sorriso, cada troca e, principalmente, no legado que deixamos para esses territórios”, afirma Lucinete Morais.

O projeto promoveu oito oficinas temáticas, abordando direitos humanos e cultura, fotocomunidade, colagem, MCs, cineclubinho, cinema e ativismo. Além disso, a exposição Mu.dança trouxe à tona reflexões visuais e artísticas, complementando as ações culturais realizadas. Outro destaque foi a elaboração de um diagnóstico antropológico sobre o acesso cultural nas comunidades visitadas, um material que servirá como referência para futuras políticas públicas e ações culturais.

Como parte do compromisso com a sustentabilidade das ações, foram entregues oito kits compostos por caixa de som e retroprojetor às comunidades atendidas, garantindo independência para que possam criar e realizar suas próprias mostras de cinema. A diretora-geral adianta ainda que o sucesso desta edição transcendeu fronteiras, e uma edição especial da Toca: Mostra Itinerante de Cinema já está confirmada para março de 2025 no México, expandindo o alcance e impacto deste projeto. “A Toca encerra este ciclo com a certeza de que o cinema, mais do que entretenimento, é uma ferramenta de transformação social e cultural. Que as vozes, imagens e histórias compartilhadas continuem ecoando por muito tempo nos territórios que acolheram esta jornada”, conclui Lucinete.

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