A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira, 18, nova fase da Operação Sisamnes com o objetivo de investigar crimes de obstrução de justiça, violação do sigilo funcional e corrupção ativa e passiva.
Segundo as investigações, foi identificada uma rede clandestina de monitoramento, comércio e repasse de informações sigilosas sobre o andamento de investigações sensíveis supervisionadas pelo Superior Tribunal de Justiça, frustrando, assim, a efetividade das deflagrações das operações policiais. A suspeita da PF é que o grupo tenha acionado o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves — preso desde dezembro, por atuação no STJ e nos tribunais de Justiça de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Por determinação do Supremo Tribunal Federal, policiais federais cumprem um mandado de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão, no Tocantins, além das medidas de afastamento das funções públicas, proibição de contato e saída do país, e recolhimento de passaportes.
Segundo o UOL, o mandado de prisão preventiva é de Thiago Marcos Barbosa de Carvalho, assessor do procurador Ricardo Vicente da Silva, do MP do Tocantins. O procurador também está sendo investigado. Thiago Carvalho é advogado e é sobrinho do governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, que não foi alvo da operação.
O MPTO, através de nota, afirma ter adotado as medidas necessárias para atender à determinação do STF. Leia a íntegra da nota:
“Nota à Imprensa
O Ministério Público do Tocantins (MPTO) informa que todas as medidas necessárias para atender à determinação do Supremo Tribunal Federal foram adotadas. A instituição reforça seu compromisso com a legalidade e a transparência e seguirá acompanhando o desenrolar dos fatos, colaborando com as autoridades competentes.
Além disso, o MPTO esclarece que o servidor citado nas investigações que resultaram na operação da Polícia Federal foi exonerado do cargo nesta data”.