Nessa segunda-feira, 24, os alunos da Escola Municipal Ulisses Guimarães, no Setor Parque das Acácias, em Gurupi, foram brindados com mais uma ação de fomento cultural.
A ação foi promovida pelo Comitê de Cultura no Tocantins em parceria com o Grupo de Hip Hop A Batalha da Norte, visando difundir no seio estudantil a cultura do Hip Hop por meio de uma oficina de rimas com uma roda de conversa sobre a origem do Hip Hop e, consequentemente, o surgimento das chamadas batalhas de rimas, atividade essa que tem contribuído muito para tirar os jovens e adolescentes da violência, aos mesmo tempo em que incentiva a produzir rimas criativas para “batalhar” métrica poética, técnicas e interação com os alunos.
A coordenadora regional Sul e Sudeste do Comitê de Cultura no Tocantins, Maria do Socorro, informou que a instituição está empenhada em colocar em prática um conjunto de políticas públicas de fomento cultural, por isso realiza parceria com outras instituições para que a atividade cultural seja disponibilizada à toda comunidade e de forma democrática.
Sobre as Batalhas de Rima
Durante a realização da oficina na escola, o coordenador do Movimento Hip Hop em Gurupi, denominado de A Batalha da Norte, Lucas Reset, explicou que nos últimos tempos, por todo Brasil, houve um perceptível crescimento de popularidade acerca das batalhas de rima, atraindo principalmente jovens de periferia que encontram na arte de rimar uma forma de se expressar. Também conhecidas como duelos de MCs ou batalhas de freestyle, as batalhas de rima são muito mais do que apenas eventos culturais de lazer. São espaços extremamente enriquecedores e politizantes, nos quais a vivência de rua mistura nossa ancestralidade à atualidade em rimas cada vez mais criativas.
Improvisação
Os artistas que se arriscam nesse duelo devem improvisar versos que façam o público clamar pela sua vitória. Isso se dá pela identificação com a vivência do rapper, pela mensagem que ele passa ou simplesmente por ter conseguido arrancar riso da plateia afetando seu adversário, afinal, diversão também faz parte da cultura.
“Assim, tendo em vista que um dos nossos principais objetivos enquanto revolucionários, sendo artistas ou militantes, é alcançar um grande número de pessoas com nosso trabalho, esta matéria visa compreender como as batalhas podem ser locais de boa convivência entre política e arte, enquanto meio de expressão e libertação do nosso povo”, finalizou Lucas Roset.
Colaboração
O Comitê de Cultura no Tocantins é coordenado por Kaká Nogueira por meio da Federação Tocantinense de Artes Cênicas (FETAC) da qual é presidente, em parceria com a Associação Gurupiense de Artesãos (AGA) e o Instituto Cultural e Social Araguaia (ISCA). Essas organizações estão unidas por um termo de colaboração, com duração de dois anos, firmado com o Ministério da Cultura (MinC). Juntas, elas trabalham para implementar o Programa Nacional de Comitês de Cultura (PNCC) em diversas regiões do Estado. (Por Zacarias Martins)