A denúncia por uso da máquina pública da UFT (Universidade Federal do Tocantins) por parte da chapa da reitoria na campanha da Consulta Eleitoral da instituição foi ampliada e levada para a Polícia Federal. Agora, o denunciante acrescentou novas “fotos, vídeos, lista de passageiros com dados pessoais e mensagens que demonstram a apropriação indevida de veículos oficiais e recursos públicos para fins eleitorais, em clara violação ao Art. 24, II do Regimento Eleitoral”.
Elaborada pelo estudante de Direito Lucas Gabriel dos Santos Oliveira, a denúncia já havia apontado que a candidata a reitora Maria Santana, e seu vice Marcelo Leineker, postulantes apoiados pelo atual reitor Luís Eduardo Bovolato, se beneficiaram eleitoralmente da cobertura institucional, bem como da própria realização da “4ª Corrida de Rua de Arraias”, no dia 3 de maio. Primeiramente, a denúncia foi para a Comissão Eleitoral, MPF (Ministério Público Federal) e Ministério da Educação. Agora, com o reforço de evidências, a PF também foi acionada.Maria Santana é pró-reitora de Extensão e foi a própria Proex que organizou a corrida. “Evidências indicam que o planejamento do aludido evento, incluindo a reserva dos veículos oficiais foi feita pela PROEX, dirigida pela então Pró-Reitora Maria Santana, antes de seu afastamento do cargo, sendo que posteriormente utilizou a estrutura como candidata, caracterizando conflito de interesses e uso político de recursos institucionais”, frisa o denunciante.
Perseguições
No complemento da denúncia, Lucas Gabriel ressalta que desde o primeiro protocolo começou a sofrer retaliações por parte de colegas e pessoas ligadas ao curso de Direito. Segundo ele, essas ações configuram clara tentativa de intimidação. “Essas ações só reforçam a gravidade das irregularidades denunciadas e a necessidade de proteção a testemunhas no âmbito universitário. Diante da omissão institucional em coibir esses abusos, formalizei a denúncia no Portal Fala.BR, solicitando a intervenção da Polícia Federal para apurar possíveis crimes eleitorais e desvios de recursos públicos. Todas as provas foram anexadas ao registro, incluindo os relatos de perseguição”, detalhou o denunciante.
O aluno ainda exigiu que a Comissão Eleitoral tome todas as providências sobre o caso, garantindo a lisura do processo eleitoral e punindo os responsáveis por irregularidades e retaliações. (Da Assessoria)