*Por Karoliny Santiago
São 18h30 de um domingo e me sentei na cadeira de fibra da área de casa para tomar aquele chá de camomila que há dias venho procrastinando. Sentada aqui em meio a esse turbilhão chamado vida, eis que paro para analisar como os primeiros dias de 2025 já chegaram e mudaram os rumos de algumas páginas que até anteriormente estavam seguras, mas agora se amassaram, rasgaram, sujaram, mancharam.
E sim. Eu queria muito ter uma bola de cristal pra saber qual será a próxima surpresa, dor ou causa da ansiedade, mas infelizmente não dá. Os profissionais da psicologia dizem que temos que refletir sobre as nossas emoções, mas confesso que em certos momentos, não queria senti-los, pois dói. Sim, dói muito viver!
E não há como mudar sem ver o que causamos no outro, o que sentimos e o que isso nos faz refletir. Tá vendo? Voltamos aos questionamentos psicológicos e eu, que sou uma eterna aprendiz desse processo, vivo esse turbilhão de emoções acreditando estar evoluindo um passo por vez, uma lágrima no caminho, um abraço que faz falta, uma saudade da infância, dos dias calmos ou daquele dia louco, mas que – enfim – teve bons resultados.
E voltando à questão da bola de cristal, confesso mais uma vez que além de ver o futuro, também gostaria de poder viver boas lembranças. Se pudéssemos fazer diferente, será que faríamos?
Vamos lá! Se eu tivesse esse momento, sentaria com meu avô mais uns minutos. Pegaria um ônibus pra visitar aquele amigo. Não iria embora do nada e diria para aquela pessoa/amiga que se foi, sobre as coisas que poderíamos ter falado um ao outro para que essa distância chamada “ser adulta” não pesasse tanto nas nossas consciências.
Mas não dá! É um dia por vez, uma luta por semana e várias, várias situações para aprendermos a lidar com a dor e com as pequenas alegrias desse mundão chamado VIDA. Então, como meu amado pai sempre fala: “Karoliny, a vida são eternos momentos que precisam ser vivenciados para aprendermos os significados”.
E eu te pergunto: o que você tem significado dentro de si? Qual lembrança/preocupação tem vivido em sua memória? E quais passos você tem buscado modificar nesse processo?
Pesado, né? Eu também confesso e sinto muito que amanhã tudo enfim retorna a correria de antes… Lembre-se que amanhã é segunda-feira e que mais preocupações retornam. Lembre-se também que a vida é boa e que tudo terá boas respostas.
Você merece! Mas por hoje, só por estes poucos minutos, continuarei tomando o meu chá enquanto vejo a noite chegar!
*Karoliny Santiago é jornalista e assessora de comunicação. Nas horas vagas dedica um tempo pra escrever crônicas que trazem conforto a quem tanto precisa de um abraço.